Na segunda-feira, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) ouviu o ex-secretário de Habitação e vereador, Sadi Antônio Pires, e o coordenador de trânsito, Ewerson Luis Gama. A CPI da Codetran apura fatos investigados na Operação Parada Obrigatória, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Itajaí, envolvendo agentes públicos e empresários.
Esta foi a quinta reunião da CPI da Codetran. O primeiro depoente foi Sadi Antônio Pires, na condição de informante. O ex-secretário foi citado no processo, em telefonemas entre ele e o vereador licenciado José Alvercino Ferreira. A comissão o questionou sobre um suposto pedido para a liberação de um carro do pátio de veículos à José Alvercino.
De acordo com as respostas do ex-secretário, as ligações se tratavam de transação pessoal, tendo em vista que Sadi e Zé são proprietários de revendedoras de automóveis em Itajaí. Segundo o depoente, os dois trocavam favores e negociavam automóveis. O pátio citado em conversas seria uma concessionária de veículos, que não presta serviços ao município, recolhendo veículos apreendidos pela Coordenadoria de Trânsito (Codetran).
O coordenador de trânsito, Ewerson Luís Gama, afirmou que nunca foi fiscal do contrato entre o município e o pátio de veículos do empresário Júlio César Fernandes, também investigado na operação. A comissão questionou se Gama tinha conhecimento sobre a falta de repasse (17%) do pátio ao município, determinado em contratos de valores arrecadados com os veículos apreendidos em Itajaí. O coordenador disse não saber do esquema de Júlio.
A comissão da CPI aprovou três requerimentos. Os membros solicitaram documentos à Prefeitura de Itajaí de todas as portarias de nomeação, desde 2009 até 2015, dos secretários municipais de Fazenda, Administração, Planejamento, Orçamento e Gestão, Segurança Pública e Codetran.