quinta, 18 de abril de 2024
Geral
16/04/2015 | 15:22

Passaporte VOR: Conheça a rotina de quem trabalha na regata de volta ao mundo

Viajar o mundo todo, conhecer pessoas diferentes e ainda receber pra isso. Parece uma ótima oportunidade, certo? Esse é o trabalho dos funcionários da Volvo Ocean Race que, desde outubro de 2014, já rodaram seis países. Mas, apesar de ser o sonho de muita gente, o trabalho nem sempre é fácil. “Tem dias que começamos às 8 da manhã e só terminamos à meia-noite. Trabalhando em pé quase o tempo todo.”, explicou a chinesa Echo Tu Le, que trabalha no stand da Volvo.

Echo faz parte de uma equipe de oito embaixadores globais que trabalham na Volvo. O processo seletivo para o emprego teve mais de cem candidatos de todo o mundo. Juntos, os oito embaixadores falam dez línguas, sendo que o inglês é a principal para comunicação.

Entre os embaixadores, está a brasileira Cláudia Moya, que se diz apaixonada pela corrida. Ela mora na Espanha há sete anos e conheceu a Volvo Ocean Race (VOR) através de um trabalho extra como professora de português.

“Minha área mesmo é a hotelaria, mas me contrataram para dar aulas de português para quem trabalha na VOR. Daí surgiu essa chance de viajar junto com a regata e eu me inscrevi pra concorrer à vaga. Tive que largar o meu emprego de cinco anos, mas não podia deixar passar uma oportunidade como esta, certo?!”, contou a paulista. Mas, tem algo que Cláudia não goste no seu trabalho de viajar o mundo todo? “Fazer e desfazer mala. Também ficar muito tempo em aeroportos. É um saco!”, brincou.

Jean Martin Grisar já participou de diversas edições da Volvo Ocean Race. O belga é um dos operários do Estaleiro, e trabalha muito quando os veleiros estão fora d’água. “Meu trabalho é interno, por isso não observo muito a movimentação nas paradas da regata, mas sim as avarias que os veleiros sofrem durante a travessia”, contou.

Um dos requisitos necessários para trabalhar na Volvo Ocean Race é ter facilidade de adaptação a diferentes culturas. A isso, Miguel Gomes está acostumado. O português, que é coordenador de operação de mídia da VOR, trabalha com eventos fora de seu país. “Mas com a Volvo posso viajar para diferentes lugares. Precisamos ter disponibilidade para trabalhar com pessoas de culturas distintas dentro da nossa equipe e fora dela”.

Quando perguntados qual a melhor stopover entre todas até agora, os funcionários são unânimes: Itajaí. “O povo brasileiro é muito acolhedor e, mesmo não falando português, eu consigo me comunicar muito bem com todos eles. Além disso, a Itajaí Stopover recebe muitos visitantes todos os dias. É muito bom!”, falou Echo. “Itajaí, apesar de ser uma cidade relativamente pequena se comparada com as outras paradas, conseguiu se organizar e atrair um público muito grande para o evento”, disse Miguel.

A Vila da Regata – Itajaí Stopover estará aberta até o domingo, mas a Volvo Ocean Race aporta em três lugares antes da final em Gotemburgo, na Suécia. “Ainda não sei o que farei depois do término da VOR, mas a experiência de viajar pra vários lugares em um ano já valeu bastante a pena”, finalizou Cláudia.


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