A cesta básica de Itajaí, calculada mensalmente por especialistas da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), teve alta de 5,88% em março, na comparação com o mês anterior. A farinha de trigo foi o produto que ficou mais caro, com elevação de 17,23%.

Esta é a quinta vez consecutiva que a cesta básica registra alta no município. Assim, o valor final da cesta básica passou de R$ 297,10 para R$ 314,55. Com esta elevação, o custo está 12,86% maior que o registrado em março de 2014. No ano, a cesta básica já acumula alta de 14,61%, bem acima do Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA), utilizado pelo governo para a meta da inflação.

PRODUTOS MAIS CAROS

Além da farinha de trigo, outros itens tiveram acréscimo considerável de preço entre fevereiro e março. Subiram, o açúcar (10,82%), a banana branca (10,76%), o arroz (10,61%), o café em pó (9,05%), o óleo de soja (8,47%), a carne (7,66%) e o pão francês (5,60%).  A farinha de trigo, o açúcar, o café e o óleo de soja, são produtos atrelados ao dólar, portanto, estes aumentos são reflexos da alta do dólar.

Somente o leite tipo C e o feijão preto apresentaram queda de preço, 3,27% e 0,16% respectivamente. A carne continua sendo o produto mais caro sobre o custo da cesta, 38,80%, em seguida vem o pão com 14,02% e o tomate com 9,76%.

IMPACTO NO SALÁRIO MÍNIMO

De acordo com os cálculos dos especialistas, houve uma piora nos rendimentos adequados para cobrir os custos de vida do trabalhador assalariado. O impacto da cesta básica sobre o salário mínimo passou de 37,70% em fevereiro para 39,92% em março. O número de horas de trabalho necessárias para um trabalhador de Itajaí comprar a alimentação do mês também subiu, de 82h54, em fevereiro, para 87h48, em março.