sexta, 29 de março de 2024
Geral
30/03/2015 | 10:59

Itajaí registra caso de Leishmaniose Canina

No mês de fevereiro, o núcleo de controle de Zoonoses de Itajaí recebeu a informação de um resultado positivo para leishmaniose canina. Após a informação, foi realizada investigação epidemiológica, na qual constatou que o cão adquiriu a doença fora do estado, pois veio de uma região endêmica no Tocantins. A partir do resultado positivo, foi realizado o exame nos outros três cães da mesma proprietária que vieram junto do centro-oeste brasileiro. Os resultados revelaram que outro cão era portador da doença. Com isso, conforme recomendação do Ministério da Saúde, os cães positivos foram eutanasiados (sacrificados), já que o tratamento é proibido, pois os cães tornam-se reservatórios da doença.

“A Leishmaniose Canina é uma doença parasitária grave, causada por um protozoário, chamado Leishmaniose chagasi, transmitida por um flebótomo, um inseto parecido com um mosquito, mas relativamente menor, conhecido também como mosquito palha. Os flebótomos vivem em lugares úmidos, próximos da vegetação, sombreados, protegidos do vento e com solo rico em matéria orgânica. Por isso, são difíceis de serem encontrados em área urbana”, explica a Médica Veterinária do Núcleo de Controle de Zoonoses, Ana Paula dos Santos.

A Leishmaniose é uma zoonose de grande importância para a saúde pública, pois, além dos cães pegarem a doença, as pessoas também podem ser contaminadas através da picada do mosquito palha.

No caso dos cães, quando há a suspeita e o resultado for positivo para leishmaniose, o médico veterinário responsável pelo atendimento deve comunicar imediatamente o Núcleo de Controle de Zoonoses.

“O sinal clínico mais comum nos cães é a alopecia (perda de pelos), geralmente ao redor dos olhos, nariz, boca e orelhas. Quando a doença vai progredindo, o cão pode ter emagrecimento, perda de tônus muscular, diarreia, hemorragia intestinal, hepatopatia, esplenomegalia, úlceras que não cicatrizam e crescimento acelerado das unhas”, explica a Médica Veterinária.

“Salientamos que não há motivos para preocupações já que o caso é importado, ou seja, não temos a doença na nossa região. Mas estamos tomando as devidas providências, juntamente com a Vigilância Epidemiológica do Estado, como a procura do inseto com o uso de armadilhas específicas”, conclui.

Para o controle dos insetos, medidas simples devem ser tomadas, como limpeza dos terrenos e quintais para a eliminação de resíduos orgânicos do solo e favorecer a entrada de luz solar. A população pode se manter protegida deste flébotomo (mosquito palha) através do uso de repelentes, evitando permanecer nas áreas externas durante o amanhecer e o entardecer - período de maior atividade dos insetos. Os cães podem ser protegidos por coleiras com deltametrina a 4%, substituindo-a a cada três meses.


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