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Geral
14/11/2013 | 16:53

Velozes multicascos na Linha do Equador

O desempenho dos MOD70 na Transat Jacques Vabre chama atenção. Os trimarãs de 70 pés provam na água com números que podem ser chamados de máquinas de regata. Em sete dias e meio, os barcos Edmond de Rothschild e Oman Air – Musandam conseguiram cruzar a Linha do Equador, mesmo passando por zonas de turbulência, como a Baía Biscaia, e pelos Doldrums, local quase sem vento e muito quente. A passagem pela mítica Linha do Equador ocorre nesta quinta-feira (14).

Os fãs da vela oceânica de Itajaí (SC) já podem se preparar para visitar a Vila da Regata mais cedo e dar boas vindas aos mais rápidos da Transat Jacques Vabre. A previsão é que os barcos cheguem até segunda-feira (18) no sul do Brasil. A viagem de Le Havre, na França, até Itajaí, no Brasil, tem quase 10 mil quilômetros.

A disputa pela primeira posição na classe IMOCA também segue equilibrada. São cinco times negociando o melhor bordo para ter preferência na chegada aos Doldruns, 1.000 quilômetros distantes do ponto atual. O líder provisório é o PRB.

Na Multi50, o FenétréA Cardinal abriu mais de 130 quilômetros de vantagem sobre o Actual. Os multicascos deverão chegar na zona da depressão apenas na noite de sexta-feira (15).

Apesar de duas desistências, a Classe 40 segue e vai terminar a Transat Jacques Vabre como a maior flotilha. Em Le Havre, 26 barcos largaram com destino a Itajaí (SC), mas dois já ficaram pelo caminho. Os veleiros encontraram várias dificuldades para fazer passar por pontos estratégicos como a Baía Biscaia (Golfo de Gascogne) e agora pela costa Ibérica. Praticamente todos os veleiros fizeram um pit stop para resolver algum problema.

O melhor desempenho da Classe 40 é do GDF SUEZ. O barco se aproxima da Ilha da Madeira após a interminável costa ibérica. Os ventos alísios portugueses, de forte intensidade, surpreenderam as duplas.

“Finalmente tivemos uma noite tranquila para poder descansar. O barco está indo bem, mas certamente está sobrecarregado, já que velejamos bem rápido na direção de Cabo Verde”, falou Sébastien Rogues, do GDF SUEZ.

O Mare, em segundo lugar, segue na cola dos líderes com 70 quilômetros de desvantagem, segundo a parcial da manhã.

“Tentamos manter o mesmo ritmo do GDF na última noite e encostar neles. Todo cuidado é pouco nessa região. Nós estamos bem vigilantes nesses dias para não quebrar nada”, contou Pierre Brasseur, do Mare.

 

Velejadores ficam 85 horas dentro de trimarã capotado

Depois de 85 horas, a dupla Lalou Roucayrol e Mayeul Riffet foi retirada do trimarã Arkema, que capotou no último domingo (10) durante a Transat Jacques Vabre. Mesmo fora de perigo na costa portuguesa, os velejadores da classe Multi50 esperaram pelo reboque por quatro noites em um espaço de 4m². Desde a manhã desta quinta-feira (14), os atletas já estão a bordo de um rebocador holandês, que fará também a retirada do barco capotado da água.

A operação é lenta e bastante complexa, podendo ser feita várias etapas. Será colocada uma corrente no casco central do trimarã antes de ser puxado lentamente. O mar, as condições de vento e o peso da embarcação (3 toneladas) devem dificultar ainda mais ação.


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