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25/10/2012 | 08:26

Estudo sobre doenças intestinais é destaque em evento de Nutrição

 

Você sabia que algumas pessoas tem medo de comer? Esse é um dos dilemas enfrentados por quem sofre de alguma doença inflamatória intestinal. Um estudo realizado nessa área, pelas acadêmicas do curso de Nutrição da Univali, Aline de Faveri e Iandra Rodrigues, sob orientação das professoras Cristina Matos e Claiza Barretta, foi apresentado este mês no Mega Evento Nutrição 2012, em São Paulo, e recebeu o primeiro lugar na categoria Nutrição Clínica.

Foram analisados os hábitos alimentares, exames clínicos e feito entrevistas com 40 pacientes adultos, vítimas de dois tipos de enfermidade: a doença de Crohn e a retocolite (ambas sem cura). Os pacientes são acompanhados por uma equipe multidisciplinar no ambulatório de doenças inflamatórias intestinais da Univali. O objetivo do trabalho premiado foi verificar os índices de anemia e o medo de se alimentar desse público.

Segundo a nutricionista Cristina Matos, há uma relação entre as doenças inflamatórias intestinais e o emocional. A anemia pode ser consequência da resistência ao consumo de alimentos ricos em ferro e vitamina C, como feijão, folhas verdes escuras e frutas. “62% dos entrevistados relataram ter medo de ingerir esses alimentos, pois são os que mais causam dores e desconforto”, destaca.

O resultado final mostrou que 50% deles tinham níveis adequados de hemoglobina, e a outra metade estava abaixo, ou seja, apresentavam anemia. Os pesquisadores atribuem a equivalência dos resultados ao acompanhamento e orientações nutricionais.

A doença de Crohn e a retocolite ainda não possuem causas definidas, mas segundo Cristina Matos, já se sabe que os hábitos ocidentais, especialmente a má alimentação e o ritmo de vida moderno, são fatores agravantes.

Grupo de apoio

Além dos problemas fisiológicos, as doenças inflamatórias intestinais influenciam em uma série de comportamentos que propiciam o isolamento social dessas pessoas. “Algumas pessoas chegam a evacuar até dez vezes durante o dia. Muitas evitam sair de casa para não passar por constrangimentos”, explica a nutricionista.

Por isso, um grupo de apoio foi criado na Univali, com a parceria da Associação Brasileira de Doença de Cronh, visando reunir os pacientes da região e seus familiares para troca de experiências e para receber apoio de um grupo de médicos, nutricionistas, psicólogos, enfermeiros e farmacêuticos. As reuniões iniciaram no dia 18 de outubro, no Campus Itajaí.


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