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Geral
14/09/2012 | 15:04

Portos de Itajaí e Navegantes terão nova bacia de evolução

 

Os portos de Itajaí e Navegantes estão realizando estudos para aumentar a competitividade com outros portos catarinenses. O objetivo é buscar uma maneira de fazer com a região tenha capacidade de receber navios maiores com segurança e agilidade, passando a concorrer com Itapoá que já possui essa capacidade. Uma das saídas encontradas pela Autoridade Portuária é a de construir uma nova bacia de evolução (local instalado previamente nas proximidades do embarque e desembarque de carga do porto, com a finalidade de fundear e manobrar as embarcações) em frente à área onde será instalado o Centro Comercial Portuário (Vila da Regata). 

Hoje, o Complexo conta com uma bacia de evolução de 400 metros de largura, que possibilita manobras de cargueiros com até 294 metros. “Essa obra é fundamental para que o Complexo Portuário continue no mercado, uma vez que a navegação vem operando com navios cada vez maiores, o que é uma tendência mundial”, explica o superintendente do Porto de Itajaí, Antonio Ayres dos Santos Júnior. “O complexo precisa estar preparado para competir de igual para igual com todos os portos do Sul do Brasil”, completa o superintendente da APM Terminals Itajaí, Ricardo Arten. A nova bacia de manobras [Figura 1] deverá possuir diâmetro de 450 metros, que possibilitará operações com navios com até 336 m de comprimento e 48,2 m de largura.

Início

Os estudos para a implementação da nova bacia iniciaram em setembro de 2010, com a revisão do Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ) do Porto de Itajaí. Segundo Ayres, diversas empresas o alertaram sobre a mudança nas medidas dos navios, que na época possuíam 32m de largura e passariam a ter 48. “Fizemos este Plano para atender a demanda das empresas. Na sequência ocorreu a contratação da Arcadis para a realização dos estudos de viabilidade técnica e, nossa intenção é contratarmos o projeto executivo em novembro deste ano, para que a obra seja licitada, esteja com licenciamento ambiental expedido em 2013 e esteja concluída até maio de 2014”, acrescenta. O investimento previsto é de R$ 100 milhões e tratativas junto ao Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) já estão em andamento. “Antes de fazer o projeto, precisávamos saber se a bacia seria segura e ágil, o que demandou alguns testes feitos pela Arcadis”, completa.

Testes

O motivo da insegurança dos superintente é que, com a nova bacia, os navios teriam de atracar de ré, manobra que nunca foi executada na cidade. O engenheiro representante da Arcadis, Msc Luitze Perk, apresentou alguns gráficos de simulações feitos pela empresa em um sistema computadorizado e garantiu que o procedimento é seguro e duraria apenas 20 minutos. “Esse é um procedimento totalmente seguro pelo que constatamos em nossos estudos”, garante Perk. “O próximo passo agora é fazermos as constatações no local, com navios maiores, para que possamos concluir a fase de estudos e darmos início ao projeto executivo”, diz o especialista. O porto aguarda autorização da Marinha para que o teste físico seja efetuado. O local apontado pela Arcadis, além de oferecer maior segurança às manobras, deve apresentar um custo de implementação significativamente menor, uma vez que reduz as áreas a serem desapropriadas.


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