quinta, 28 de março de 2024
31/08/2012 | 10:10

A luta de um esportista para conseguir patrocínio

 

Quem assistiu as Olimpíadas e vibrou com alguns dos nossos atletas que conseguiram medalhas em várias competições, deve também ter se emocionado com a história de muitos deles. Histórias reais, de pessoas que passaram imensas dificuldades para chegar aonde chegaram. Muitas, vindas de famílias de pobreza extrema, sem ter o que comer e o que vestir.

Mas venceram todos os obstáculos e hoje desfrutam de um merecido lugar entre os melhores do mundo, apesar das adversidades iniciais.

Essas histórias mostram o quanto nossas autoridades municipais, estaduais e federais são omissas com relação aos esportes. Não falo do apoio quando o atleta já está preparado, aparecendo para então ser contratado por uma das estatais que tanto alarde fazem em cima do esportista.

Estou falando da fase em que ele inicia na atividade esportiva, seja em que modalidade for, mas não encontra apoio algum para o seu preparo. Não há verbas para manter escolinhas, não há verbas para uniformes, não há verbas para participação em campeonatos que possam dar experiência a este atleta.

Quando a família tem condições, ela é que é a patrocinadora oficial do atleta, sustendo, até que ele encontre quem o patrocine.

 Mas quando não tem – o que é o caso da maioria – o atleta, feito um mendigo, tem que andar de porta em porta, com um pires na mão, pedindo ajuda para competir, representar sua cidade, seu estado, seu país. E bate na porta de prefeituras, fundações, empresas particulares... mas a resposta sempre é a mesma: -Nossa verba já está comprometida!

Faço essa introdução porque esta semana recebi no Jornal dos Bairros a visita da senhora Maria Cristina Freitas e de seu filho de 15 anos, Ruan Freitas Dias, que pratica Karate, estilo Shotokan e é treinado pelo professor Eritan José Messias, que divide seu tempo com alunos entre Itajaí e Navegantes, embora sua sede mesmo seja em Navegantes.

Ruan é o exemplo do atleta que estou falando: começou no esporte com 11 anos e em apenas quatro anos sua evolução foi espetacular: já conquistou sete faixas (está na marrom e só falta a preta na sua categoria). Já foi vice campeão mundial, campeão brasileiro e estadual por diversas vezes na categoria interestilos, entre outras conquistas.

Mas Ruan, a exemplo de tantos outros atletas, também sempre esteve de pires na mão. Nas competições que participou até agora, a maioria delas a família – cujos recursos são modestos – é que custeou a maioria, com o apoio sempre do professor Eritan, que o acompanha desde que iniciou no karate.

A sua mãe,  dona Maria Cristina Freitas, diz que sofre muito ao ver o filho com a vontade de se aperfeiçoar no esporte que escolheu, participar de competições, mas não ter apoio das fundações, órgãos públicos ou empresas.

“ Como mãe, eu faço de tudo para que meu filho consiga alcançar o seu objetivo nesse esporte, porque eu sei o quanto ele se dedica para isso. Por isso, não tenho vergonha de pedir apoio daqueles que deveriam estar incentivando. O ruim nisso tudo é que sempre se ouve que não tem dinheiro”, desabafou revoltada.

Dona Maria, como qualquer outra mãe, está certa ao lutar para ver o seu filho ter um lugar ao sol.

Por isso, através desta reportagem, pedimos às empresas de nossa região que se sensibilizem e ajudem Ruan a participar dos próximos campeonatos que acontecerão até o final do ano e o adotem como atleta.

Para quem pensa que custa muito caro, não é mesmo. Um atleta como ele gasta em torno de R$ 5.000,00  por ano, entre uniformes, inscrição, mensalidades de treinamento, condução e inscrição para competição. Dinheiro este, inclusive, que pode ser dado a medida que as competições forem acontecendo. Mas a necessidade imediata, até final do ano, é 1/3 deste valor.

Você, empresário, não estaria fazendo favor algum. Muito pelo contrário, estaria fazendo um investimento. Um investimento com retorno para sua empresa, através de títulos esportivos.

Os interessados em ajudar, entrar em contato através do Jornal dos Bairros pelo telefone 47-3344-8600 ou pelo e-mail jornalba@terra.com.br, ou diretamente com a mãe do atleta, através do telefone: 47 – 3248-4059.


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