Os próximos dias são de expectativa para os bancários. Depois das rodadas de negociações frustradas na semana passada, o Comando Nacional senta novamente à mesa com a Fenaban, nesta quarta (15) e quinta-feira (16) para debater segurança, igualdade de oportunidade e remuneração. A entrega da pauta de reivindicações dos bancários à Fenaban ocorreu em 1º de agosto. 

Enquanto não há indicativa de acordo por parte da Federação Nacional dos Bancos, a categoria intensifica as mobilizações. Os bancários querem reajuste de 10,25% (aumento real de 5% mais inflação do período), fim das metas abusivas e combate ao assédio moral, para preservar a saúde dos trabalhadores, além de cumprimento da jornada de seis horas para todos e redução das tarifas e juros bancários. Na pauta ainda, investimento em segurança bancária para coibir os ataques às agências.

“Novamente a intransigência dos banqueiros aparece na mesa de negociação. Isso leva os bancários mais uma vez a ter de fazer uma grande mobilização” – avalia o presidente do Sindicato dos Bancários de Blumenau, cuja área de abrangência envolve 11 municípios, Leandro Spezia.

Segundo dados da 14ª Pesquisa do Emprego Bancário, feita pela Contraf-CUT e Dieese, os bancos geraram apenas 2.350 novos empregos no primeiro semestre de 2012, o que representa um recuo de 80,40% em comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram criadas 11.978 vagas. O número de admissões se dá em razão de que os bancos demitiram bancários que tinham salários razoáveis para admitirem empregados com salários bem menores. Os empregos criados pelo sistema financeiro no primeiro semestre representam apenas 0,22% dos 1.047.914 de empregos gerados em todos os setores da economia.