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30/07/2012 | 11:17

Empregados do comércio de Itajaí fazem campanha por salário de R$ 1.000

Empregados do comércio e representantes dos sindicatos patronais de Itajaí participam, desde o dia 16 deste mês, de reuniões para discutir o pedido de aumento salarial dos trabalhadores. A categoria reivindica um reajuste superior a 33,86%, passando de R$ 747 para R$ 1.000.


Trabalhadores
De acordo com o presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio, Paulo Roberto Ladwig, a intenção da campanha pelo salário de R$ 1.000 é chamar a atenção para a defasagem do salário daqueles que trabalham no comércio. “Mil reais seria uma recomposição do poder de compra dos comerciários. O piso veio ao longo dos anos sendo achatado. Os mil reais recomporiam o poder de compra que estes trabalhadores possuíam 10 anos atrás”, argumenta Ladwig. A campanha foi iniciada neste mês devido a primeiro de agosto ser a data base para o reajuste do salário da classe.

O presidente Paulo Roberto explica que, inicialmente, apesar de a proposta parecer absurda na visão do patrão, quando explicada e negociada, os empresários entendem a importância da readequação do salário dos comerciários. “Chegar próximo a isso é um avanço, o que não dá é ficar parado, continuando como estamos, com apenas pequenos reajustes”, diz o presidente.

Patrões
O procurador jurídico da Intersindical Patronal de Itajaí, Luiz Tarcísio de Oliveira, explica que os empresários tem recebido a proposta de aumento do salário em 33% como uma utopia. “Temos uma inflação de 4,87%. E também é uma campanha a nível estadual com elemento político muito forte. Nós somos apolíticos”, explica. Oliveira argumenta que inicialmente o que se pode oferecer é um aumento de 5% “porque não  há como avançar fora disso, não existe parâmetro no estado de Santa Catarina”.

Porém, Luiz Tarcísio explica que há espaço para um melhor reajuste. “Nós estamos aguardando que eles façam uma proposta um pouco mais real. Não há como avançarmos com essa proposta de 33%. Se não houver nenhum movimento de recuar, ficaríamos no 5%, mas se houve proposta melhor, vamos avaliar. Há espaço para avançar, mas não nessa forma que está”, expõe o procurador.

Negociação
Caso as negociações não tenham êxito, o Sindicato dos Empregados poderá seguir tentando uma composição ou entrar com dissídio coletivo junto ao Tribunal Regional do Trabalho que vai definir o valor. Atualmente, o Tribunal tem deferido em suas decisões o piso estadual como piso da categoria, o que significa hoje R$ 764,00 contra R$ 747,00 do atual fixado na Convenção Coletiva, uma diferença de apenas 2,27%.


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