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Geral
10/10/2011 | 09:59

“Palimpsexto” abre amanhã na Casa da Cultura Dide Brandão

 

A abertura da exposição coletiva “Palimpsexto” será na nesta terça-feira (11), às 19h, na Casa da Cultura Dide Brandão (endereço provisório).  A mostra reúne trabalhos de seis artistas mestrandos do Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais (PPGAV) da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc). André Rigatti (PR), Andréa Bertoletti (PR), Audrey Hojda (SP), Gleyce Cruz (PR), Lilian Barbon (SC) e Silvia Teske (SC) integram a mostra, que segue até o dia 17 de novembro. O horário de visitação é das 9h às 20h.

Na mostra o visitante poderá conferir seis obras criadas com diferentes suportes artísticos, como fotografia, desenho, pintura, instalação e arte digital. Conforme os organizadores da mostra, o que une os artistas é o mesmo desejo de materializar o pensamento imaginativo proveniente das lembranças, sensibilidades e percepções que proliferam incessantemente através de imagens e formas.

De acordo com a professora Doutora do PPGAV, Rosângela Cherem, em texto de apresentação sobre a mostra, Palimpsestos (com a letra s) é um tipo de registro sobre pergaminho, sempre sujeito a rasura e reaproveitamento, apagamento e reutilização, sobreposição e alteração. “Não é o suporte, mas uma espécie de aproveitamento que se faz do mesmo, embora acabe por transformar o próprio material”, esclarece. Cherem destaca que o procedimento é bastante apropriado à produção do grupo que está sempre sujeita a novas combinações, usos, apropriações e destinos.

O endereço provisório da  Casa da Cultura Dide Brandão é Rua Tubarão, 305, Bairro Fazenda.


Conheça um pouco mais as obras de cada artista:
 
O que se esconde por de trás da imagem? Quais são as camadas anteriores que tencionam a superfície da imagem? Tais questões permeiam a obra de André Rigatti, que se utiliza da pintura para propor conexões entre camadas, tornando visível o processo anterior que demarcava territórios superfície por sobre onde eram plasmados atos, sentidos e experiências.

Da mesma forma, relações intrínsecas entre espaço, tempo e lugar, envolvem a obra de Andréa Bertoletti, que através da projeção de um vídeo composto de imagens de texturas em movimento captadas do chão sobre um painel de sapatos, suscitam lugares percorridos, estimulam múltiplos sentidos, ritmos e direções variadas ao espectador.

Como mediador entre as duas obras citadas, surge a “Série para TV: Desenhos de Contenção”, trabalho apresentado pela artista Gleyce Cruz, que impõe ao espectador uma relação de contenção: tempo-espaço proposto pela fruição de cada desenho.

A obra “Não tem começo, não tem fim” de Audrey Hojda, dialoga com a fluidez do tempo e da memória. Através de uma série de seis desenhos de dimensões variadas e um texto escrito, a artista traz desenhos de cadeiras, sofás e poltronas de diferentes épocas, onde o aspecto dos desenhos remete ao amassado, puído, desgastado, apontando a passagem do tempo e revelando um momento anterior recuperado.

Trabalhando com questões acerca do autor-retrato fotográfico, Lilian Barbon utiliza-se de uma dupla-exposição, aparecendo um eu que salta da superfície, que escapa pelas fendas, por entre os dedos. Se o auto-retrato é frequentemente relacionado à experiência da morte (como se fosse uma fotografia última antes da hora final, antes de transforma-se e petrificar-se em imagem), através desta imagem o eu em questão torna-se escorregadio, transgressivo, transparecendo a imanência da presença e discutindo a inapreenssibilidade do sujeito.

É também através de sobreposições que a obra “TRANSPOSIÇÕES – Narrativas Circunstanciais” de Silvia Teske investiga as diversas relações da imagem e da palavra. Propondo narrativas em transparência, mesclando desenhos e palavras, o publico é convidado a mudar as placas de posição, possibilitando intervenções que alteram o enredo a cada manuseio, oferecendo ao espectador a oportunidade dele mesmo ser um narrador obtendo variadas fruições para cada narrativa.

Mais informações:
Artista Lilian Barbon - (48) 8407-0849

Casa da Cultural Dide Brandão - com Lisiane ou Ane Fernandes - 3349-1665

 


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