terça, 16 de abril de 2024
Geral
02/09/2011 | 09:51

Trabalhadores e Bancadas do PT e PCdoB entram com ações cautelares contra venda das ações da Casan

 

Trabalhadores de diversos sindicatos, de Água, Esgoto e Meio Ambiente (Sintaema), dos Eletricitários (Sinergia), dos Empregados em Empresas de Processamento de Dados (Sindpd) e dos Bancários da Grande Florianópolis, e as Bancadas do PT e do PCdoB protocolaram duas ações cautelares, na quarta-feira (31/08), no Tribunal de Justiça para pressionar o Governo do Estado e os deputados da base governista a retirarem de pauta o regime de urgência do PL 0236.8 e da PEC 007.5 que tramitam na Assembleia Legislativa. Ambos são de autoria do Executivoprevêem a venda de parte das ações da Companhia de Águas e Saneamento Santa Catarina (Casan). Além disso, o PL estabelece a figura do sócio prioritário (minoritário com poder de administração). O projeto também abre precedente para a venda de outras empresas públicas como a Celesc.

A Bancada do Partido dos Trabalhadores é contra o regime de urgência de votação dos projetos porque tira a oportunidade da sociedade de se manifestar e a do parlamento melhor discutir e avaliar a matéria, já que está se falando do destino do patrimônio público do Estado. O governo tenta confundir a opinião pública ao dizer que a venda de parte da Casan significa apenas capitalização e parceria com o setor privado. Os deputados petistas entendem que é privatização, já que o acionista minoritário terá o poder de mando, definido no artigo 5º do projeto do Executivo. O governo argumenta que precisa vender parte da empresa para dar a contrapartida de R$ 250 milhões durante sete anos em financiamentos que somam R$ 1,7 bilhão e que possibilitarão ampliar a rede de esgoto.

Com isso, o governo afirma que a Casan não tem caixa para desembolsar uma média de R$ 35 milhões por ano, embora o balanço da empresa apresente receita operacional cada vez mais crescente e acima da inflação. Entre 2003 e 2010, o patrimônio líquido aumentou em 53,36%, de R$ 654 milhões para R$ 1,003 bilhão. No mesmo período, a arrecadação cresceu 62,04%, saltando de R$ 332,5 milhões para R$ 538 milhões. Mesmo reduzindo de 217, em 2003, o número de municípios administrados para 197.

Na última reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Alesc, realizada terça-feira, dia 30 de agosto, ficou estabelecido o dia 13 de setembro como prazo final para apresentação de emendas e o dia 20 de setembro para a votação final, que será feita em reunião conjunta com as comissões de Finanças e Tributação e de Economia, Ciência, Tecnologia, Minas e Energia


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