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Geral
Anna Paula Cazatti
01/04/2011 | 13:24

Centro de Convivência do Idoso é referência para itajaí

Disse uma vez um poeta: “a felicidade nada mais é do que boa saúde e memória fraca”. Na realidade, ele estava se referindo ao fato de que na  sua visão, a vida é vivida no dia a dia, no presente, sem a preocupação com o passado. De certa forma esta maneira de encarar a vida é correta, mas em se tratando de pessoas idosas, a memória é fundamental, porque representa a experiência de toda uma vida, a lembrança de um passado que vale a pena ser revivido.

No Centro de Convivência do Idoso de Itajaí (CCI) a felicidade, além de boa saúde, é simtambém uma boa memória. E ter uma boa memória é fundamental, pois é buscando lá dentro, no fundo da memória, que conseguimos conhecer belas histórias de vida e acreditar em um futuro melhor na terceira idade.

Próximo de completar 19 anos de existência em Itajaí, hoje o centro atende 289 idosos em duas turmas diferenciadas. Uma na segunda e quarta-feira e a outra na terça e na quinta-feira. Além de respeitar a individualidade de cada pessoa e respeitar seus limetes e vontades, o mais importante trabalho do centro é fazer com que o idoso consiga perceber o quanto ainda é útil para a sociedade.

Segundo a coordenadora Sonia Laci Lazaris da Rocha, o espaço transforma a qualidade de vida. “Aqui eles sentem-se pessoas melhores, mais alegres e bem humoradas e isso contribui nos tratamentos de depressão, as dores e o mau humores”, brinca.

Sonia é conhecida no centro não só como coordenadora e sim como uma mãe. É impressionante como todos os idosos a respeitam. E ela se emociona ao dizer que estar ali é algo mais que especial. “Odiaem que eu deixar a coordenação do CCI quero fazer parte como idosa, quero ser cuidada, conversar com as amigas, fofocar, ser feliz aqui”.

O CCI é mantido com convênio com a prefeitura de Itajaí e também conta com parceria da Universidade do Vale do Itajaí. Possui atendimento médico, odontológico, conta com o voluntariado de fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos e outros profissionais da área da saúde. Além de contar com o apoio da policlínica ao lado CCI.

Com todos esses benefícios o centro está com uma fila de espera de 62 idosos. Sonia explica que hoje o centro não tem mais espaço físico para atender os idosos. “Teríamos o maior prazer em atender a todos, aqui o coração é enorme, só precisamos mesmo de mais espaço”, comenta.

As Marias

O CCI possui suas memórias e muitas histórias e elas podem ser contadas por essas mulheres que fazem do Centro um local de encontros, amizades, casamentos e grandes emoções.

Dona Maria Araldi da Silva, 82 anos está há 14 anos no CCI e conta que sua vida melhorou muito. Quando morreu seu esposo, o Centro ajudou a superar a dor. “Éramos poucas, hoje somos muitas idosas, mas o que não mudou é a capacidade que o centro tem de me fazer bem. Eu adoro vir aqui”, celebra.

Já Maria Furtado, conhecida como Dona Cotinha, 80 anos, é uma das mais falantes. “Eu adoro dar entrevistas, sair em fotos, fazer amizades. Estou há 19 anos fazendo parte dessa história”, relembra. Conta ainda que dançar é um dos seus maiores prazeres. “A dança alivia as dores do coração e da alma”, afirma.

Maria Felicio Silva encontrou não só amigos, companhia para dançae jogos. Ganhou no CCI também o seu marido. “Conheci meu marido aqui, estamos casados há 17 anos, freqüentamos juntos, dançamos, conversamos. Tudo o que preciso tenho aqui”, garante.

 

O CCI está a disposição dos idosos para ajudá-los a melhorar a qualidade de vida, o humor e é por meio dos trabalhos manuais como, artesanato, crochê, tricô, pintura em tecido, seja pela diversão em jogos de cartas, dominó ou a bocha que essas pessoas que já fizeram tanto pela história conseguem amenizar as dificuldades encontradas na terceira idade, ou como eles comemoram, a Melhor Idade.


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