quinta, 28 de março de 2024
01/03/2011 | 17:36

Tenistas do Itamirim são esperanças de título para o Brasil no Banana Bowl

Já faz 30 anos que um brasileiro não ganha a categoria 18 anos masculino (a principal em disputa) do Banana Bowl. E para esta 41ª edição do torneio infanto-juvenil mais tradicional do Brasil, os tenistas do Itamirim Clube de Campo (ICC), de Itajaí (SC), surgem como esperanças do título voltar a ficar em solo nacional. Além de jogar em casa, com o apoio da torcida, dois atletas do clube chegam bem ranqueados, como cabeças de chave do torneio.

 

O melhor colocado é Bruno Sant’anna, atual número 17 no ranking juvenil da ITF (Federação Internacional de Tênis), que vai para o Banana como cabeça de chave número 3. “Estou treinando forte e já sair como cabeça de chave faz você enfrentar no início adversários teoricamente um pouco mais fracos. Além disso, jogar aqui no Itamirim, em casa, onde temos toda a estrutura e já conhecemos bem as quadras, também ajuda a motivar ainda mais”, destaca Bruno, que começou o ano com um título importante, vencendo o 33º International Casablanca Junior Cup, no México. Ele também chegou à segunda rodada do torneio juvenil do Aberto da Austrália, primeiro Grand Slam do ano.

 

Quem também vem com ótimas chances de fazer bonito no quintal de casa é Karuê Sell, semifinalista do torneio de duplas juvenil do Austrália Open. Número 34 no ranking da ITF, ele entra no Banana como cabeça de chave número 9, e está confiante. “Espero ir bem. Tenho feito bons jogos este ano e o Banana é um torneio importante, com adversários difíceis”, lembra o catarinense, se referindo, principalmente, ao boliviano Hugo Dellien e ao francês Mathias Bourgue, 3º e 15º do mundo pela ITF e cabeças de chave número 1 e 2 do Banana Bowl, respectivamente.

 

Para fechar, Michel Haddad Junior será o terceiro representante do ICC na categoria 18 anos. Ele não está entre os favoritos, mas pode surpreender. O tenista ganhou três das seis etapas do Circuito Sul-Brasileiro de Verão deste ano e quer somar o maior número de pontos para o ranking da ITF. “É um torneio forte, bom de jogar, e vou fazer o meu melhor. Dá uma ansiedade maior, mas também jogo sem responsabilidade e isso pode ajudar dentro de quadra”, explica Michel.

 

Patrício Arnold, um dos coordenadores da equipe de competição do tênis do Itamirim, confia no potencial dos atletas do clube. “O Bruno e o Karuê, por exemplo, estão entre os 15 melhores do torneio. O resultado vai depender da atuação deles, mas jogar em casa é uma vantagem, principalmente, se souberem canalizar isso como um incentivo e não como uma pressão”, alerta Patrício.

 

O Banana Bowl será realizada de 14 a 20 de março e faz parte da Gira Cosat (Confederação Sul-Americana de Tênis)como um torneio Grade 1, ou seja, tem ótima pontuação para o ranking mundial da ITF – só ficando atrás, em importância, dos quatro torneios do Grand Slam e de outros cinco campeonatos pelo mundo. A expectativa é reunir mais de 900 tenistas, de 42 países, divididos em quatro categorias (18, 16, 14 e 12 anos, no masculino e feminino).

 

A 18 anos masculino acontece nas quadras de saibro do Itamirim e as rodadas finais serão televisionadas pelo canal SporTV. Já a 18 anos feminino será jogada no Tabajara Tênis Clube, em Blumenau, e as categorias 12, 14 e 16 anos, nos dois naipes, acontece no Bela Vista Country Club, em Gaspar.

 

Jejum de títulos brasileiros

 

Já faz bastante tempo que um tenista brasileiro não conquista o título masculino de 18 anos do Banana Bowl. A última vitória veio com Eduardo Oncins, o irmão mais velho de Jaime Oncins, na final que fez diante de Edvaldo Oliveira, em 1981. Entre as mulheres, a última campeã brasileira foi Roberta Burzagli, que conquistou o torneio de 1991. O colombiano Juan Sebastian Gomez e a norte-americana Beatrice Capra foram os vencedores no ano passado.


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