quinta, 18 de abril de 2024
Geral
09/12/2010 | 00:00

Cuidados para controle do caramujo africano devem ser redobrados nesta época do ano

Nos meses de dezembro a março as chuvas se intensificam e o excesso de umidade facilita a proliferação do caramujo africano. Por isso, a Secretaria Municipal de Saúde, através do Departamento de Vigilância Epidemiológica, pede o apoio da população para manter os cuidados no controle do molusco.

Segundo levantamento do Núcleo de Controle de Zoonoses, Av. Beira Rio, São Vicente, Promorar, Bambuzal e Murta são as regiões com maior registro de surgimento do caramujo. O setor está recebendo uma média de três ligações diárias, geralmente com dúvidas de como fazer a catação manual e o procedimento de eliminação.

“O próprio morador deve fazer a limpeza e o descarte, mas estamos à disposição da comunidade para orientar no que for preciso. Já a Secretaria de Urbanismo deve ser acionada quando ocorrer infestação em terrenos baldios e vias públicas”, informa a responsável pelo Núcleo de Controle de Zoonoses.

Para fazer a catação é preciso proteger as mãos com luvas ou sacos plásticos e enterrar os caramujos em um buraco com mais ou menos quarenta centímetros, ficando atento para recolher todos os ovos, que são esféricos, amarelados e ficam semi-enterrados. Não é recomendado jogar os caramujos no lixo, usar sal, utilizar veneno ou atear fogo. Estas atitudes causam danos ao meio ambiente e podem causar a proliferação do molusco em outros locais.

Manter a propriedade limpa, com capinação periódica e livre de lixo, entulhos, materiais de construção como tijolos, telhas, madeiras são as principais medidas para evitar a proliferação do caramujo africano. “É importante que as conchas não sejam deixadas nos quintais, já que no período de chuva podem servir de criadouros para o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue”, alerta a responsável pelo Núcleo.

O telefone de atendimento do Núcleo de Controle de Zoonoses é o 3249-5571. Na Secretaria de Urbanismo o contato pode ser feito através do número 3341-6076.

Caramujo Africano

O caramujo-gigante africano (Achatina fulica) possui concha com listras marrom-avermelhadas e escuras intercaladas com listras mais claras verticais. A borda da concha é mais afiada.

A simples manipulação desses moluscos vivos pode causar contaminação, pois dois tipos de microorganismos perigosos são encontrados em sua secreção.

Um deles é o Angiostrongytus costaricensis, causador da angiostrongilíase abdominal, doença que pode resultar em morte por perfuração intestinal, peritonite e hemorragia abdominal. Os sintomas são dor abdominal, febre prolongada, anorexia e vômito.

O outro é o Angiostrongylos cantonensis, causador da angiostrongilíase meningoencefálica humana, que tem como sintomas dor de cabeça forte e constante, rigidez na nuca e distúrbios do sistema nervoso.


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