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29/10/2010 | 00:00

Pneus inservíveis tem destinação correta em Itajaí

 

Itajaí possui agora depósito de pneus. O Ecoponto foi criado depois de uma resolução, em que os fabricantes são responsáveis pela destinação correta do material produzido. O Ecoponto é uma parceria entre a Fundação do Meio Ambiente de Itajaí (Famai) e a Associação Reciclanip. O local serve para depositar pneus usados enviados para a reciclagem.

 

 

Segundo o diretor da Famai, Francisco Carlos do Nascimento é preciso que os pneus inservíveis tenham destino final adequado. “O fabricante tem a obrigação de tirar os pneus e enviá-los para reciclagem. É a chamada política reversa”, disse. Os fabricantes brasileiros montaram uma logística de recolhimento dos pneus e construíram a Associação Reciclanip, que engloba todos os fabricantes de pneus. Ela quem busca os convênios com as prefeituras para que os Ecopontos sejam montados. “São eles que dão o destino ambiental adequado”, afirma Nascimento.

 

 

O Ecoponto fica localizado na rua Cargelino Francelino nº 321, no bairro São Vicente e recebe em média 100 toneladas de pneus por mês. Cada tonelada é pago o valor de R$ 50 ao dono do depósito e depois o material é levado para Curitiba (PR), onde serão encaminhados pela Reciclanip às empresas de trituração para destinação final.

 

 

No verão, a quantidade de pneus é ainda maior, pois os pneus estouram com mais facilidade devido ao calor de acordo com Nascimento. Além de receber os pneus no local, a empresa também recolhe os pneus do morador que solicitar, cobrando uma taxa de R$ 0,50 para cada pneu de carro e R$ 2,00 para cada pneu de caminhão. O agendamento da coleta deve ser feito pelo telefone 8407- 4639 com Orlando Pieritz responsável pelo Ecoponto.

 

Em média mais de 100 toneladas de pneus por mês é recolhido em Itajaí

 

Nascimento diz que ainda há uma resistência das pessoas em buscar uma destinação correta para os pneus inservíveis e que jogar os pneus em qualquer lugar é quase ma questão cultural.

 

 

Reciclagem e reaproveitamento

 

Para recuperação e regeneração dos pneus é necessária a separação da borracha e outros componentes, como metais e tecidos, por exemplo. Os pneus são cortados em lascas e purificados por um sistema de peneiras. Depois as lascas são moídas e colocadas em um sistema de vapor d’água e produtos químicos. O produto obtido de todo esse processo pode ser então refinado em moinhos até a obtenção de uma manta, ou picados em pequenos grânulos de borracha.

 

Depois que a borracha é regenerada apresenta duas diferenças básicas do seu composto original. No entanto, este material tem várias utilidades como cobrir áreas de lazer e quadras de esporte, fabricar tapetes para automóveis, passadeiras, saltos e solados de sapatos, colas e adesivos, câmaras de ar, rodos domésticos, tiras para indústrias de estofados, buchas para eixos de caminhões e ônibus, entre outros.

 

Dos pneus enviados para a reciclagem 80% vira energia e 20% é misturado com cimento. Outras formas de reciclagem também são possíveis comoproteção de construções à beira mar, nos diques e cais, barragens e contenção de encostas, onde são geralmente os pneus são colocados inteiros.

 

Outra forma de recuperar o pneu é a Recauchutagem. É adicionada novas camadas de borracha nos pneus "carecas" ou sem friso. A recauchutagem aumenta a vida útil do pneu em 40% e economiza 80% de energia e matéria-prima em relação à produção de pneus novos.

 

 

CURIOSIDADES:

Um estudo feito pela Universidade de Vrije, na Holanda, descobriu que todos os dias são fabricados cerca de 2 milhões de novos pneus no mundo. Isto significa uma produção anual de 730 milhões de pneus. Ao mesmo tempo, hoje são transformados em sucata 800 milhões de unidades por ano.

 

No Brasil, em 1993, 0,5% do lixo urbano brasileiro eram de pneus velhos e fora de uso. Hoje são descartados no país cerca de 17 milhões de pneus por ano.

 

IMPORTANTE:


A queima de pneus para aquecer caldeiras é regulamentada por lei. O reaproveitamento energético é em fornos de cimento e usinas termoelétricas. Cada quilograma de pneu libera entre 8,3 a 8,5 kilowatts por hora de energia. Esta energia é até 30% maior do que a contida em 1 quilo de madeira ou carvão. As indústrias de papel e celulose e as fábricas de cal também são grandes usuárias de pneus em caldeiras, usando a carcaça inteira e aproveitando alguns óxidos contidos nos metais dos pneus radiais.



Fonte: Reda??o

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