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27/08/2010 | 00:00

Balneário Camboriú e Itajaí redobram a atenção no combate ao mosquito transmissor da dengue

 

 

Até o momento, o número de focos aumentou, se comparado com dados de 2009. Mesmo assim, a situação está controlada nos dois municípios.

 

Batalha sem fim. Assim podemos definir o trabalho das Secretarias de Saúde, que através do Programa de Combate à Dengue travam uma luta para combater o mosquito transmissor Aedes Aegypti. E para isso vale visitas orientação e trabalhos de conscientização, afinal o trabalho não é só dos agentes, mas de toda população.

 

Em Balneário Camboriú, foram encontrados até agora, 29 focos, dez a mais que o mesmo período no ano passado e seis a mais do número encontrado em todo ano de 2009. O coordenador do programa Márcio Cristiano Passing explica que o clima pode ter influenciado no aumento de focos nesse período, já que uma das características do vetor é parar de se proliferar com temperaturas em menos de 15º. “Se compararmos com 2009, este ano praticamente não houve inverno, mas apenas alguns dias de frio, o que contribuiu para que houvesse esse aumento.”

 

 

Outro fator que foi relevante foi o elevado período de chuvas. “Assim, facilita o acúmulo de água em calhas, vasos, se tornando um cenário perfeito para a proliferação do mosquito,” explica Passing.

 

Dos 29 focos, cerca de 20 foram encontrados na região central, entre as ruas 3000 e 3700, próximos à Avenida Brasil e Marginal e alguns pontos próximos à Avenida Atlântica. Os outros nove focos foram encontrados no Bairro das Nações, Estados e Nova Esperança, com registro de três focos em cada localidade. O coordenador ressalta que um dos motivos pela intensa concentração de focos na região central se deve à maior circulação de pessoas e cargas nessa localidade. “O vetor vem de carona na forma de mosquito ou ovo, seja através de caminhões de carga ou ônibus e no centro há um grande fluxo,” comenta.

 

Mesmo com os focos eliminados, o cuidado continua. Segundo Passing, o ovo pode sobreviver em locais secos em até um ano e o mínimo contato com a água pode eclodir. “Por isso realizamos visita a cada dois meses nas residências pelo período de um ano.”

 

Aumento de armadilhas em Itajaí

 

O coordenador do Programa de Combate à Dengue de Itajaí Lúcio Pereira Vieira afirma que de 560, o município passou a contar com 600 armadilhas para monitoramento do mosquito que são colocadas em locais estratégicos. “Como o verão é um período propício à proliferação do mosquito por causa do calor, até dezembro queremos trabalhar com 640 armadilhas que serão monitoradas constantemente pelos agentes,” completa.

 

O coordenador afirma que durante o ano de 2009, foram encontrados 40 focos, sendo 16 até o mês de agosto. Só no ano de 2010 já foram encontrados 28 focos, sendo o último no mês de junho, no bairro Vila Operária.

 

Vieira explica que durante os meses de dezembro e janeiro, o bairro São João foi a maior surpresa. Embora tenha sido uma das únicas localidades que não foram atingidas pela enchente, o bairro registrou sua marca de 33 focos. “É uma área que muitas pessoas de idade têm o costume de usar galões para pegar água de chuva e isso é um agente facilitador para o mosquito depositar seus ovos,” ressalta.

 

Para reverter o quadro, o desafio foi grande “Realizamos um forte trabalho de conscientização nas casas para fazer as pessoas entenderem que determinadas práticas podem gerar riscos e facilitar o depósito de ovos pelo mosquito transmissor. Trabalhamos também com carros de som que passavam nas ruas orientando a população a se prevenir. E felizmente conseguimos uma redução de uso de galões, explica.”

 

Investir na prevenção é fundamental. “Não basta apenas o serviço dos agentes se a população não estiver engajada nessa luta e fazer a sua parte”, finaliza.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


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