sexta, 29 de março de 2024
30/07/2010 | 00:00

Associação do Câncer Amor Próprio de Itajaí promove costela fogo de chão

 

 

Na semana que vem, dia 14 de agosto (sábado), a Associação do Câncer Amor Próprio de Itajaí, promove um evento inédito na agenda da Associação. Uma costela fogo de chão no Campo do Mello, localizado no bairro Rio do Meio, a partir do meio dia. O valor arrecadado será investido na manutenção da Sede da Amor Próprio, na Rua Brusque. Os ingressos estão à venda no valor de R$ 25,00 e podem ser adquiridos no local ou na própria Sede da Associação.

 

Uma Luta pela Vida

 

O slogan da Associação faz jus ao trabalho voluntário realizado: Uma luta pela vida. No finaldos anos 90, uma paciente de câncer chamada Silvia Helena Cavalheiro resolveu se reunir com outras pacientes para prestar um trabalho de apoio as mulheres vítimas de câncer. É bom lembrar que naquela época a tecnologia não era tão avançada, as informações não eram tão acessíveis e o preconceito era maior. Assim que algumas poucas mulheres se reuniram para conversar mais sobre o assunto, desmistificar a doença, entendê-la e aceitá-la. O número de mulheres foi aumentando e a necessidade de se criar uma associação estava mais que comprovada.

 

Hoje, as mulheres da Amor Próprio já são conhecidas e apoiadas na comunidade com seus tradicionais eventos: toda terceira quarta-feira do mês é realizada uma macarronada no Salão Paroquial da Igreja Matriz. Uma vez por ano é realizado também o pedágio nos principais sinais de trânsito do município em prol da Associação e o Café Colonial que também é realizado no mês de agosto no Salão da Matriz e é comemorado o aniversário da Associação Amor Próprio, que este ano estará completa 14 anos de existência.

 

 

A associação oferece psicóloga, fisioterapeuta, tarde para realização de artesanatos, alguns métodos de saúde alternativos e o principal de todos, a união e o apoio à todas as mulheres pacientes ou voluntárias que frequentam a Associação.

 

 

Estou com câncer. E agora?

 

Marizena Bittencourt dos Santos descobriu seu câncer de mama fazendo o auto-exame em casa no ano de 1999 no dia oito de janeiro. “Quando apalpei minha mama senti um nódulo e eu tive a certeza que era maligno mas que seria curada. Eu simplesmente previ o que aconteceu”, conta a voluntária da Associação.

 

 

 

 

A valorização de pequenos gestos, das amizades, o medo de contar para os pais a descoberta do câncer, a preocupação com os dois filhos homens, um de 10 e outro de 4 anos de idade na época, a necessidade do apoio familiar e o medo foram alguns sentimentos que acompanharam Marizena na luta pela vida. O procedimento realizado pela paciente foi considerado rápido em relação a outros casos. No dia oito de janeiro o câncer foi descoberto e no dia quatro de fevereiro, menos de um mês, Marizena estava na mesa de cirurgia fazendo a retirada total da mama esquerda, mastectomia.

 

Em março já começaram as sessões de quimioterapia. “Na primeira sessão o meu cabelo já começou a cair e eu preocupada com a estética providenciei de imediato uma peruca. Para se ter idéia, meu filho mais novo nunca me viu careca. Hoje, olhando lá trás eu penso: Em meio a tantas incertezas, por que me preocupei com este detalhe tão bobo, quando tudo é mais importante que os fios de cabelo?”, relembra Marizena.

 

 

Mais 30 sessões de radioterapia foram realizadas, mamografia, ultra-som... Uma lista de exames foi realizada à risca após a cirurgia no período de cinco anos. Marizena conta que a sensibilidade é elevada neste período e qualquer coisa a chateia, o humor da paciente é completamente alterado. O marido parou de trabalhar durante um ano para acompanhá-la aos atendimentos e em todo o processo. “A gente começa a enxergar coisas que antes eram consideradas pequenas e normais, passamos a perceber que estas coisas fazem toda a diferença e não são mais consideradas pequenas e nem normais e sim fundamentais e importantes para a vida. Neste período eu evoluí muito como pessoa, amadureci, foi um importante aprendizado. Creio que Deus dá para cada um, a cruz que se pode carregar e eu carreguei a minha com muita fé e a certeza que eu iria ser curada. A Associação me ajudou muito, agradeço pela Silvia ter entrado no quarto de hospital e ter me convidado para participar”, conta, curada há mais de 11 onze anos. Esta é apenas uma das histórias das muitas mulheres atendidas pela Associação do Câncer.

 


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